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O ideal grego da Paidéia é o de uma educação que almeja à formação do cidadão enquanto sujeito plenamente capaz de participar do governo da pólis.

O chão de onde brota o Laboratório Paidéia é a ideia de que não existe cidadania sem participação. Assim como não existe participação sem educação. A educação do presente está buscando novos paradigmas e é nesta busca que nos enquadramos e inserimos. A re-ligação dos saberes e a recomposição das muitas dicotomias que fundaram o paradigma científico positivista é o que descreve o trabalho crucial, hoje, para atingir o ideal da Paidéia. Precisamos re-conectar razão e emoção, cultura e natureza, ciência e arte, reintegrar racionalidade, cálculo e análise com a expressão criativa, a intuição, a busca e o resgate de identidades, histórias e tradições; o saber local e popular com o saber científico.

O Paidéia é um grupo de Pesquisa e Extensão sobre Metodologias Integrativas na Educação e Gestão Social, para a ampliação da esfera pública e do acesso à cidadania. Ele identifica como crucial a temática da participação e como crítica a dimensão das metodologias normalmente usadas com a pretensão de concretizá-la. As metodologias participativas normalmente utilizadas continuam assumindo como incontestáveis alguns pressupostos clássicos que constroem nossas visões de mundo e a maneira de conceber a produção de conhecimento útil para a ação.

O Paidéia pretende problematizar estes pressupostos, que entendem a participação, exclusivamente, como “participação de cérebros”, atividade onde o código dominante utilizado é o lógico-verbal, fundamentado na racionalidade instrumental ou até dialógica (neste sentido não faz diferença). Nosso desafio é a inclusão dos sujeitos (indivíduos e comunidades) com base nas mais diversas formas expressivas e criativas, no acolhimento das múltiplas visões de mundo e múltiplas racionalidades; nosso desafio é a construção, junto aos sujeitos, da possibilidade deles se tornarem atores num espaço público.



Esta tentativa de destronizar o código lógico-verbal como o único legítimo para acessar a esfera pública é muito ambiciosa e vai de encontro a todo o paradigma dominante nas ciências nos últimos cinco séculos. Tentar atribuir igual valor às intervenções baseadas na criatividade, na intuição, no trabalho nos aspectos lúdicos ou emocionais é algo “subversivo” e que sempre vai nos aparecer inapropriado e constrangedor, porque choca inevitavelmente com o padrão formativo em que temos sido criados e o quadro de prioridades que construímos ao longo de vidas.



Nossa pesquisa diz respeito ao trabalho diário do professor em sala de aula, ao trabalho de formação contínua de professores, educadores populares, gestores sociais, líderes comunitários; e finalmente diz respeito ao trabalho daqueles pesquisadores que não se contentam em permanecer encerrados em suas salas e ousam sair delas acolhendo o desafio da contemporaneidade, de contribuir na construção de uma sociedade mais humana e justa.

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